terça-feira, 5 de junho de 2018

A ti
Que pequena és 
Brilho maior
És luz és sol
No escuro a lua
Cheia

A ti
De tamanho certo
Inteiro
Que me completas
Na felicidade
O mar 
Imenso

Ainda a ti
Também és luz
E és porto
- o meu abrigo
E és tudo
Ainda que não pareça.

domingo, 3 de dezembro de 2017

Olha pra mim
Deixa voar os sonhos
Deixa acalmar a tormenta
Senta-te um pouco aí

Olha pra mim
Fica no meu abrigo
Dorme no meu abraço
E conta comigo
Que eu estarei aqui

Enquanto anoitece,
Enquanto escurece
E os brilhos do mundo
Cintilam em nós
Enquanto tu sentes
Que se quebrou tudo
Eu estarei
Sempre que te sentires só

Olha pra mim
Hoje não há batalhas
Hoje não há tristeza
Deixa sair o sol

Olha pra mim
Fica no meu abrigo
Perde-te nos teus sonhos
E conta comigo

Eu estarei sempre
Que te sentires só


quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Morning Person

Ora bem, também eu tenho uma cria. E já agora, um blog!

A minha Sofia ainda não fala, desata num berreiro quando a estamos a vestir, não há fralda que lhe sirva, tem aversão ao biberão, gosta de colo e de sentir acompanhada. A pediatra diz que é mimada e a enfermeira diz que tem manhas.

A minha Sofia tem 4 meses. E talvez não seja tola. Não nasceu como eu idealizei, mas sim como melhor lhe conveio. As rotinas… São as delas. Mama quando quer, dorme quando tem sono. Claro que também ouve música clássica. E jazz. Mas não há nada como um bom folclore. E quando consigo tomar banho em tempo útil, até a levo a passear.

A minha Sofia puxa-me os cabelos, dá cabo das minhas costas e dos meus pulsos. E eu… Adoro-a.

Ontem, a Sofia despediu o sono durante o horário laboral. Hoje, reconsiderou e readmitiu-o. Sorri muito, brinca muito e eu sei que está bem. 

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Dias de Grávida
[abstract]

A minha gravidez (da Sofia) foi muito preenchida. Quando dei por ela, já estava a acabar.

Estava a estudar e a trabalhar – na verdade, nem fazia uma coisa nem outra – mas andava a correr de um lado para o outro.

Tínhamos de mudar de casa. Foram cerca de 3 meses à procura, mais o tempo dedicado aos bancos, escritura e demais processos burocráticos, nem sempre céleres. Cerca de um mês para a venda da casa do Hugo, com aquelas visitas chatas e novamente, todo o processo legal associado à venda.
Seguiu-se a mudança, algures em abril, creio eu. Nisto, com 7 ou 8 meses, ganhei hemorróidas talvez devido ao esforço.

Trabalhei até dia 28. Só fiz a mala da maternidade mesmo nos últimos dias.

Pelo meio, organizámos um bonito casamento e percorremos os mais controversos caminhos da obstetrícia que levam (ou que inibem) ao parto natural.  

No dia 30, já a lua repousava no céu envolta de estrelas, nasceu a Sofia, de cesariana
το 'Αλφα και το Ωμέγα

No meio do verão, no CDOS do Porto, 
Fogos e pesadelos. 
No inicio do verão, de bebé ao colo, 
Sonhos maiores, preocupações.
Está o Pedrogão a arder, gentes a morrer.

Onde está a nossa floresta, Sofia?

Não sei onde reside a culpa, se é que há culpados.

Vivemos num país mediterrânico
E os eucaliptos vão ganhando espaço.
E agora?
Faltam guardas florestais,
Faltam rebanhos,
Bombeiros então nem se fala…
Falta o bom senso, talvez.   
Falta escutar, mais do que ouvir,
Falta pensar.

Na floresta e nas pessoas.