A solução que se oferece neste momento à vítima do Ebola consiste no seu isolamento de todos aqueles que lhe são queridos e ama, para enfrentar sozinho uma morte muito provável causada por hemorragias internas e externas no periodo de algumas semanas.
É pouco, muito pouco. Deixados assim, a morrer, quantos serão os que irão evitar tratar-se? E quantos evitarão tratar os outros? Mesmo para pessoas educadas e informadas, decisões como estas são muito difíceis. Não são de esperar respostas racionais por parte de uma população com as limitações conhecidas.
Por enquanto, a doença evolui exponencialmente e ataca centros urbanos e rurais. Só Monrovia, na Libéria, tem mais de 1.000.000 de habitantes. Há inúmeras notícias que falam de casos não reportados em diferentes regiões da África Ocidental. Entre 11 de Agosto e 5 de Setembro, isto é, no espaço de apenas 26 dias, o número de mortos duplicou. É esta a progressão para já esperada.
Assim que se encontre disseminada de forma generalizada, uma doença deste tipo tornará impossível o normal funcionamento de uma cidade no espaço de apenas alguns meses. Primeiro entrarão em falência os sistemas de saúde. O enterramento dos corpos será díficil e a doença progredirá de forma ainda mais rápida. A tentativa de contenção do movimento de pessoas só levará a mais caos e violência.
A única solução para o problema parece ser já a vacinação da população. Algo que não é ainda possível. Se a doença se disseminar no Ocidente, perante a proximidade de uma morte rápida sem dignidade nem tratamento, será grande o abalo na fé de que a ciência resolve tudo. A normalidade da vida será perturbada e a religião será o refúgio para muitos."
foste tu que escreveste, não foste?
ResponderEliminarFui
Eliminar:)
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