Somália: 1 em cada 18 mulheres morre devido a causas relacionadas com a maternidade.
1 em cada 7 crianças morre antes dos 5 anos
1 mulher tem em média 6.6 filhos
As crianças estudam em média 2.2 anos
O PIB per capita é de 130 dolares.
A percentagem de participação política das mulheres é de 13.8%
Noruega: 1 em cada 14900 mulheres morre devido a causas relacionadas com a maternidade
1 em cada 357 crianças morre antes dos 5 anos
1 mulher tem em média 1.85 filhos
As crianças estudam em média 17.5 anos
O PIB per capita é de 102 610 dolares
A percentagem de participação política das mulheres é de 39.6%
Portugal: 1 em cada 8800 mulheres morre devido a causas relacionadas com a maternidade
1 em cada 263 crianças morre antes dos 5 anos
1 mulher tem em média 1.21 filhos
As crianças estudam em média 16.3 anos
O PIB per capita é de 21 260 dolares
A percentagem de participação política das mulheres é de 31.3%
Fontes: Save the Children - State of the world’s mothers 2015
Pordata - Índice sintético de fecundidade (2013)
Google Data - Fertility rates per country
Como é que no suposto melhor país do mundo para se ser mãe, a média não chega sequer a 2 filhos/ mulher?
ResponderEliminarPorque nem todos os adultos querem ser pais de famílias numerosas.
ResponderEliminarCom dois filhos não se tem uma família numerosa...
ResponderEliminarSe têm mais dinheiro e melhores taxas de sucesso (saúde) e mesmo assim a maioria opta por ter só 1 filho, então acho que não são o melhor exemplo.
Ha uma diferença entre existirem as melhores condições para se poder ser mãe, e a vontade particular de cada mulher (e homem) em ser mãe (e pai). A vontade pode não seguir as condições.
ResponderEliminarPois. Por isso é que acho que o estudo não foi bem conduzido... Os factores mais importantes (ou principais) estão omissos.
ResponderEliminarHum, então quais são os factores mais importantes para ti?
ResponderEliminarA predisposição para a maternidade/ paternidade e o próprio tempo que dispõe para se dedicar à família, por exemplo.
ResponderEliminarDe que serve ter rios de dinheiro se não queres ser mãe nem pai? E o mesmo em relação ao tempo... Para quê pôr filhos no mundo se passas a vida a trabalhar e nem vês os teus filhos crescer? Como é que a criança se vai sentir?
Mas Ana, a legislação laboral na Noruega e os postos de trabalho que existem, protegem muito mais os trabalhadores, a maternidade e a paternidade, e permitem mais tempo livre do que em muitos outros países do mundo onde as taxas de fertilidade são mais altas.
ResponderEliminarO que quero dizer é que na Noruega existe tempo e dinheiro para se ser pai e mãe, além de todas as outras condições objectivas também referidas no estudo.
O que mudou radicalmente o número de filhos que em média as mulheres têm, foi o planeamento familiar com métodos anti-conceptionais difundidos pelas populações inteiras e ao mesmo tempo a emancipação das mulheres que obtiveram as condições laborais e financeiras necessárias para se tornarem independentes dos homens.
então o que sugeres com isto?
ResponderEliminarEu não acho que os métodos anti-anticoncepcionais alterem assim tanto o organismo, ao ponto das mulheres deixarem de querer ter filhos. A prova disso é que continuam a ter. Têm é menos... Porque é que querem ter menos?
ResponderEliminarEu não estou a dizer que os metodos anti-concepcionais alteram o organismo e a vontade de se ser mãe.
ResponderEliminarO uso de perservativos, por exemplo, não pode causar esse efeito. Mas o uso de contraceptivos, sejam hormonais ou outros, associados ao planeamento familiar reduziram o número médio de filhos.
Ou dito de outra forma, antes do uso dos contraceptivos, muitos filhos não eram planeados.
Então e não é melhor haver esse planeamento?
ResponderEliminarTudo o que referi atrás parece-me positivo: a emancipação das mulheres e o planeamento familiar.
ResponderEliminarMas o número de filhos decresce...
ResponderEliminarDo ponto de vista demográfico, para haver reposição das gerações é necessário que por cada mulher nasçam em média 2.1 filhos durante o seu periodo reprodutivo completo.
ResponderEliminarSe isso acontecer, podes ter um equilíbrio de longo termo. Se a fertilidade descer muito e se se mantiver assim durante muito tempo, irás ter uma situação demográfica fora do equilíbrio (dinâmica) caracterizada pelo envelhecimento geral da população.
Isso tem implicações para a viabilidade das futuras famílias. Em geral, o gasto de recursos pelos elementos não-produtivos tem que ser equilibrado pela geração de riqueza dos elementos produtivos da sociedade. Os elementos não produtivos são os idosos e as crianças. Numa sociedade muito envelhecida, existem muitos elementos já reformados o que coloca uma sobrecarga nos elemento produtivos que racionalmente decidem ter menos filhos. Isso gera um ciclo vicioso difícil de quebrar, a menos que as condições dos mais velhos sofram uma deterioração abrupta.
No fim de contas, muitas culturas caminharam para a sua própria extinção assim.
leia-se " a menos que as condições dos mais velhos sofram uma deterioração abrupta;
Eliminar- ou que as condições para produzir riqueza subam abruptamente;
- ou que os fluxos migratórios reponham e renovem a demografia do país."
Então qual é a solução? :)
ResponderEliminarAcho que não há soluções fáceis. Portugal é um exemplo da situação que descrevi atrás. Envelhecimento generalizado da população. Taxas de fertilidade muito abaixo da reposição de gerações durante muitos anos seguidos.
ResponderEliminarMas também é um facto que Portugal atingiu o máximo de população de sempre há poucos anos. Não estamos perto da extinção, antes pelo contrário.
Isto não invalida que se estejam a viver são tempos muito difíceis para se ter uma família numerosa (ou não) neste país.
Ja agora, vários sintomas deste facto são:
ResponderEliminar- Aumento da idade da reforma
- Aumento dos impostos e das contribuições sociais
- Redução do valor das reformas
- Redução da duração das licenciaturas (de 5 para 3 anos)
- Flexibilização das leis laborais e precarização das ofertas de emprego
- Aumento da dívida pública