De volta a Portugal depois de uma semana de férias. Após muita arte e vida, em Florença, Veneza e Milão ficou em mim a certeza que há uma outra Europa para além dos números e dos actores da agenda diária.
É a Europa das pessoas que não constroem o discurso político. Que vivem a sua vida todos os dias tentando seguir um caminho possível à sua escala. E que de forma complexa, cada vez mais interligada, constroem essa teia que é a cultura europeia.
A estreiteza do discurso político dos líderes europeus de hoje contrasta de sobremaneira com a rica história europeia. É claro que estes políticos não estão à altura das exigências do projecto europeu.
Um verdadeira Europa necessita ser culta (no sentido clássico), redistributiva e solidária entre estados membros - por honra ao passado de cada povo e por necessidade de transmitir esperança aos jovens de hoje.
Os políticos necessitam de realizar o exercício exigente da harmonia e da razão entre todas as esferas que mantêm uma civilização viva. A história e a arte europeias têm o mérito de deixar isso bem presente.
O talento e o esforço que verdadeiros mestres do passado puseram ao serviço das gerações futuras mostra o caminho. Os números não são tudo e estes devem estar ao serviço das pessoas. Um político de hoje deve saber pelo menos isso.
Os talentos humanos são muito diversos. Se Alemanha quer liderar verdadeiramente a Europa tem que fazer muito melhor.
"Se os Estados Unidos quiserem, levam a Grécia para a união do dólar.", Wolfgang Schäuble
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